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Mostrando postagens de março, 2015

Estradas de ferro paulistas: The São Paulo Railway Company Ltd.

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Em meados do século XIX, as grandes produções agrícolas do estado começaram a ser transportadas sobre trilhos. Áreas de florestas foram derrubadas para darem lugar à lavouras de café. As fazendas se instalam cada vez mais distantes do litoral e o transporte no lombo de animais não dá mais conta da distância e velocidade necessárias para o transporte de cargas, demandando a implantação desse novo sistema de transportes. Viaduto da Grota Funda, 1920 Os primeiros projetos foram submetidos, em 1839, a Robert Stephenson (o filho de George Stephenson, criador da primeira locomotiva a vapor - vide aqui ) para construção de uma estrada de ferro que cruzasse a Serra do Mar, rompendo a barreira entre o porto de Santos e a zona produtora do planalto paulista. No entanto, foi o Barão de Mauá 20 anos mais tarde quem convenceu o Governo Imperial da importância de uma estrada de ferro entre Jundiaí e Santos. Mauá buscou expertise para vencer a descida da Serra do Mar com o engenheiro

A Era das ferrovias no Brasil

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A Era das ferrovias se inicia com a Revolução Industrial, no século XIX, quando George Stephenson revolucionou a história dos transportes apresentando, em 1814, a Locomotion – primeira locomotiva a vapor. Não à toa, Stephenson é considerado o inventor da locomotiva a vapor e construtor da primeira linha férrea pública de transporte de cargas e passageiros (chamado, ainda, de "pai dos caminhos-de-ferro). Esse primeiro percurso percorrido pela Locomotion foi de 15 km de extensão, a 20 km/h, entre as cidades inglesas de Stockton e Darlington. Entre as décadas de 1830 e 1840 houve uma expansão de 3 mil km de via férrea na Europa e de 5 mil km nos Estados Unidos (dados do DNIT ). No Brasil, com o objetivo de interligar vários estados do País, principalmente regiões próximas aos portos de Parati, Angra dos Reis e de Santos, a construção de ferrovias foi autorizada na década de 1830 nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia. No entan

ELIS, 70 Anos

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Se estivesse viva, Elis Regina completaria hoje 70 anos de vida. Falo disso aqui, em "Coisas de Sampa" porque, embora gaúcha, começou sua carreira em São Paulo.  Como mostrou a reportagem da Globo "em 5 de agosto de 1964, um endereço na Praça Roosevelt, centro de São Paulo, foi o palco do primeiro show de Elis Regina na cidade. Onde hoje funciona um bar, existia uma boate, boate Djalmas. A jovem Elis, de 19 anos, encantou a plateia. Algumas dezenas de pessoas lotaram o lugar para ver a artista que começava a despontar".  Teve passagem pelo Rio de Janeiro, mas viveu aqui até sua morte trágica, em 19 de janeiro de 1982. Toda as mídias estão falando dela ao longo do dia: sua vida, seus amores, seus sucessos e suas dores. Nada há muito a acrescentar, a não ser uma breve homenagem a essa mulher que permeou na minha infância, adolescência e juventude. E, ainda hoje, rodeia por aqui. Muitas de suas músicas estão presentes em fatos marcantes de minha vida.

Trens e ferrovias em Sampa

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Devido a minha nova atividade profissional, algo tem me chamado muito a atenção: trens e ferrovias. Desde criança, o transporte sobre trilhos me atrai. Cruzar a avenida Celso Garcia, no Tatuapé, de bonde com minha família era algo raro e precioso para mim. Tenho vaga lembrança, pois era muito pequena, mas sentar-me nos bancos laterais, segurar fortemente nas traves desses bancos para não cair no balanço do veículo ficaram marcados em minha memória. Marcados ficaram também a imagem dos tons marrons avermelhados de ripas de madeira envernizada, do bilheteiro que vinha com uma espécie de alicate picotar a passagem, segurando aquele monte de notas de dinheiro dobradas e entrelaçadas em seus dedos, que mais parecia um leque e com um boné redondo com abas de plástico. Não sei o quanto dessas imagens foram mesmo por mim vivenciadas ou imaginadas com o passar do tempo. Mas isso era com os bondes. E os trens? Um tio tinha um pequeno sítio em São João Novo (foto da estação ao lad